sexta-feira, 8 de abril de 2011

Deputados debatem sobre a aprovação do piso dos professores

“Atrocidade” foi o termo usado para definir a postura do governador do Estado, Cid Gomes (PSB), diante do questionamento a aspectos da lei que cria o piso salarial para professores. O mote foi a derrubada de parte da ação impetrada por cinco governadores, dentre eles, o do Ceará, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na última quarta-feira, 6.

Ontem, durante sessão na Assembleia Legislativa, o opositor Heitor Férrer (PDT) disse o “imbróglio” criado pelos líderes dos Executivos estaduais teria sido uma “maldade contra os professores do país inteiro”.

“O que me admira é que o governo de Cid questionou essa matéria, mas canta em verso e prosa as finanças do Estado”, afirmou. “Um governo que tem sido próspero, exemplar, macular-se com um questionamento que jamais poderia ter recebido a assinatura do governador?”, criticou.

O deputado Heitor Férrer (PDT) elogiou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o piso salarial dos professores da rede pública de ensino.
O deputado se referia à ação de inconstitucionalidade (Adin) que discutia parte da Lei Nacional do Piso do Magistério, apresentada em 2008, pelos governadores do Ceará, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Enquanto as entidades sindicais defendiam valor de R$ 950 como o vencimento básico da categoria, sem gratificações e outros extras, os chefes de Governo propunham que o termo “piso” fosse interpretado como a remuneração mínima incluindo os benefícios. Eles justificavam que estados e municípios não teriam recursos suficientes para assumir tal gasto.

Defesa
Quem saiu de imediato em defesa do governador foi um parlamentar que se diz de oposição: Fernando Hugo (PSDB). “Estou o lado do governador Cid Gomes. E olha que eu não sou líder do Governo. Estou numa posição de livre pensamento”, defendeu.



“Estou o lado do governador Cid Gomes", disse o PSDBista Fernando Hugo.
Fernando Hugo disse temer a contratação de um número de professores maior do que o Estado possa arcar. “Mas quem sou eu para falar em nome do governador se ele nem me recebe”, cutucou.

Juntou-se ao tucano o petista Antônio Carlos (PT), líder do Governo, na defesa de Cid. “De fato, muitos municípios não vão ter a menor condição de pagar o piso. Vamos ver como as prefeituras vão responder a isso”, afirmou.

Deputado Antonio Carlos (PT), que já foi professor, questionou a lei .
O STF ainda avaliará o questionamento à parte da Lei que reserva um terço da carga horária para atividades fora da sala de aula. Os governadores argumentam que fere a autonomia dos estados.

Fonte: http://www.opovo.com.br/app/opovo/politica/2011/04/08/noticiapoliticajornal,2123109/petista-e-tucano-defendem-cid-das-criticas-de-heitor.shtml


http://www.heitorferrer.com.br/noticias.asp?cod=4354

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